A revelação do assassinato da aposentada Maria José dos Santos, mais conhecida como “Santinha”, 64, chocou a população de São José da Tapera. Familiares das vítimas foram ouvidos pela reportagem do Correio Notícia e fizeram várias revelações sobre o caso. Eles cobram Justiça.
O corpo da mulher foi encontrado na última sexta-feira (5) em uma casa, na Rua 15 de Novembro, no centro da cidade, onde a vítima passava as noites. Segundo parentes da idosa, o imóvel pertence à principal suspeita do crime, uma mulher de nome não divulgado, que está foragida.
Ainda de acordo com os parentes, “Santinha” passava o dia na casa de uma irmã, onde se alimentava e descansava, e à noite seguia para outra casa, localizada a poucos metros da residência da família.
“A suspeita morava sozinha e ela (Santinha) achou que deveria ajudar passando as noites lá. Nunca suspeitamos que algo tão terrível pudesse acontecer. Quem conhecia a Santinha via logo que ela era muito frágil e pequenininha. Incapaz de oferecer risco a alguém. Foi terrível a morte, foi terrível saber que a criminosa é quem achamos que a defendia e está sendo terrível, quererem abafar o caso”, revelou um dos parentes da idosa, que pediu para não ter o nome divulgado, dizendo que todos estão temerosos.
Contam os familiares que na sexta-feira, como era de costume, “Santinha” foi aguardada pela irmã para tomar o café da manhã, mas não apareceu. Habitualmente a idosa chegada muito cedo e a ausência chamou a atenção dos familiares.
Intrigada, a irmã ligou para o celular da dona da casa onde a aposentada havia dormido, porém ninguém atendeu. Preocupados, familiares foram até a residência, mas lá a casa estava fechada. As preocupações aumentaram quando eles insistiram com as ligações para a dona da casa e as chamadas eram recusadas.
Decididos em resolverem o mistério, parentes da mulher foram ao local de trabalho do filho da dona da residência, que, incialmente, disse que não sabia da mãe, mas depois se prontificou em ajudar nas buscas por ela.
Horas mais tarde o homem (filho da suspeita) ligou para a família revelando que “Santinha” havia morrido e que o corpo estava na casa dela. Desesperados, parentes da aposentada foram para o local e a encontraram morta caída no chão, ao lado da cama.
As contradições do filho da suspeita levaram os familiares da vítima a suspeitar de que ele já sabia da morte da idosa e que também sabia que a mãe estava foragida. Os parentes tiveram certeza depois que saiu o laudo do Instituto Médico Legal (IML), confirmando que “Santinha” teve a morte provocada por traumatismo craniano decorrente de uma forte pancada na cabeça.
“Soubemos que o filho dela contou que a mãe teve uma discussão de madrugada com a nossa “Santinha” e a empurrou de modo que ela bateu a cabeça na cabeceira da cama e morreu. Daí a mulher ficou nervosa e saiu sem destino. Mas achamos essa versão muito estranha. Todo o tempo ele sabia que “Santinha” estava morta e nos iludiu, dando tempo para a mãe fugir. Infelizmente a Polícia Civil não esteve na casa. Muito estranho isso. Um crime e a polícia judiciária não aparece nem registrou nada. Somos todos tementes a Deus e só nos resta pedir para o assassinato ser esclarecido e que os nomes dos responsáveis sejam divulgados, e que eles sejam julgados, como é o certo. Apenas isso”, falou outro parente da idosa morta.
Procurado, o 7º Batalhão de Polícia Militar confirmou que uma guarnição foi deslocada ao endereço onde o corpo foi encontrado e que o caso foi registrado como “morte a esclarecer”. Agora, com a confirmação do laudo do IML, o caso será informado à Polícia Civil, que deverá convocar os parentes das vítimas e as testemunhas.
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