Morreu na madrugada deste domingo (25), no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, a menina de 10 anos, natural de Pão de Açúcar, vítima de graves queimaduras após um incêndio, na noite do último dia 15, provocado pela explosão de um aparelho celular que estava carregando.
O fato aconteceu na casa onde a menina Geovanna Pereira morava, junto com a mãe e o irmão, de 2 anos, no povoado Santiago.
A pequena Geovanna sofreu queimaduras de 2º e 3º graus em 40% do corpo, principalmente nos órgãos inferiores e superiores.
Conforme a primeira versão, que vem sendo investigada pela Polícia Civil (PC), a menina antes de dormir teria colocado o celular para carregar e utilizado um fone de ouvido para ouvir músicas, de modo que dormiu em seguida.
Teria sido neste momento que o equipamento explodiu e começou a pegar fogo, atingindo a cama da criança. O irmão, que também dormia ao lado, acordou assustado ao se deparar com as chamas, que se espalharam rapidamente e atingiram alguns móveis.
A avó - genitora da mãe das crianças - acordou-se e tentou socorrer os netos, mas as chamas impediam. Desesperadas, as crianças começaram a gritar por socorro, acordando os vizinhos, que, com o uso de martelos e foices, conseguiram arrombar a porta e uma janela e salvar inicialmente as duas crianças, que, com ferimentos pelo corpo e por terem inalado muita fumaça, foram levadas primeiramente para a Unidade Mista Djalma Gonçalves dos Anjos, no centro da cidade de Pão de Açúcar, de onde foram encaminhadas em uma ambulância para o Hospital Regional de Santana do Ipanema, e posteriormente para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.
A avó, que é hipertensa e inalou muita fumaça, entrou em choque, mas foi atendida na Unidade Mista da cidade e foi liberada. Ela cuidava dos netos diante da impossibilidade da mãe dos irmãos, a empregada doméstica Gilvânia dos Santos, que dormia numa residência em Pão de Açúcar, onde trabalha.
No HEA, o quadro clinico de Geovanna teria se gravado e a equipe médica decidiu encaminhá-la para Maceió, por ter maiores recursos. Já o irmão, G.P.S., que sofreu lesões leves, dias após, foi liberado.
No sábado (24), o serviço social do HGE solicitou que Gilvânia fosse para Maceió, pois a filha não estava bem.
A menina havia sido transferida da UTI para o Centro de Tratamento de Queimados onde, na sexta-feira (23), tinha sido submetida a um procedimento para a retirada da pele lesionada, para facilitar a cicatrização.
Durante os dias que permaneceu internada no HGE, a menina ficou sedada, passando o maior tempo dormindo, para evitar sentir as fortes dores provocadas pelas queimaduras.
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