O policial civil Joaquim Lins Neto, conhecido como Joaquim Pirauá, faleceu na noite do sábado (15), após sofrer um infarto fulminante enquanto estava em um restaurante no município de Major Izidoro. Ele era lotado no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de São José da Tapera e bastante conhecido pela atuação firme e dedicada na região.
De acordo com informações, Pirauá passou mal repentinamente. Funcionários acionaram imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o socorreu e o levou para a Unidade Mista Dr. Ezechias da Rocha, em Major Izidoro, mas ele não resistiu.
A morte do policial causou grande comoção entre familiares, amigos, colegas de profissão e moradores dos municípios onde atuou. Pirauá era reconhecido pela postura profissional e pelo comprometimento com a segurança pública.
Participação em episódio marcante da crônica policial de Alagoas
Joaquim Pirauá ficou nacionalmente conhecido por ter sido uma das vítimas sobreviventes do atentado que matou o vereador Neguinho Boiadeiro, no dia 9 de novembro de 2017, em Batalha, Sertão de Alagoas. Ele estava dentro do carro com o parlamentar no momento em que o veículo foi alvejado diversas vezes.
Em depoimento divulgado posteriormente pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Pirauá contou que a ação criminosa foi “muito rápida” e que não conseguiu identificar os atiradores. “Quando entramos no carro, já foram atirando de longe”, relatou na época.
O caso gerou intensa repercussão e disputas políticas no município. Na ocasião, chegou-se a questionar se Pirauá fazia a segurança do vereador, o que foi negado por ele, que afirmou possuir parentesco com Boiadeiro, motivo pelo qual estava em sua companhia no momento do ataque.
Horas após o atentado, conforme informou a polícia à época, um dos filhos do vereador, José Márcio Cavalcante, o ‘Baixinho Boiadeiro’, reagiu e baleou José Emílio Dantas, filho do ex-prefeito José Miguel Rodrigues Dantas e sobrinho do então presidente da Assembleia Legislativa, Luiz Dantas. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio e passou a ser considerado foragido.
Apesar de ter sido atingido no ataque que matou o vereador, Pirauá sobreviveu, continuou exercendo suas funções e era respeitado por sua trajetória dentro da Polícia Civil.
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