A prisão do motorista da prefeitura de Olho D'água das Flores Josenildo Simão Clementido dos Santos, conhecido como “Bido”, suspeito pela Polícia Civil (PC/AL) de ser um dos pistoleiros que atirou e matou o coordenador de transporte da prefeitura de Pão de Açúcar, teria sido o motivo de uma operação de busca e apreensão deflagrada na manhã desta sexta-feira (14), em Pão de Açúcar.
Equipes da polícia foram até a residência da família de um outro suspeito na trama que resultou na morte de José Petrucio dos Anjos Filho, 29, o “Petrucinho”, executado na tarde de 17 de janeiro, dentro de um dos restaurantes na orla lagunar de Pão de Açúcar, no momento em que a vítima almoçava com familiares e amigos.
Inicialmente, “Bido” teria se negado a falar sobre sua participação no “Tribunal da Morte”, depois disse que temia pela própria vida, mas decidiu revelar o que sabe sobre o assassinato de “Petrucinho” e outros homicídios acontecidos na região.
Na casa onde os policiais estiveram nesta manhã, que é de parentes de um funcionário afastado da Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsal), a intensão era apreender uma das armas usadas para matar “Petrucinho”. O homem seria um dos informantes do “Tribunal da Morte” e também teria participação no planejamento da execução do pai de “Petrucinho”, José Petrúcio dos Anjos, morto em novembro de 2013, enquanto estava com amigos, numa praça, no centro de Pão de Açúcar
Na época, a morte foi investigada pelo delegado Sandro Marcelo, que, após ter acesso a imagens da câmera de segurança de lojas comerciais e da agência da Caixa Econômica Federal (CEF) – o crime aconteceu na frente do banco –, identificou que o homem que deflagrou os tiros foi Sóstenes Alves dos Mártires, que já havia sido preso em 2011, acusado de comandar uma quadrilha de roubo de cargas e insumos agrícolas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Sóstenes Alves, aponta a polícia, seria o comandante do “Tribunal da Morte”.
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