A prisão de uma mãe, na manhã desta sexta-feira (5), colocou fim numa das mais complexas investigações policiais no Sertão de Alagoas. Foragida da Justiça, a mulher foi presa em um sítio na zona rural de Piranhas por equipes do Núcleo de Investigação Especial (Niesp), da Delegacia Geral da Polícia Civil.
Segundo o delegado Daniel Mayer, a mulher é acusada de acobertar o marido enquanto ele estuprava a filha desde os 10 anos de idade. Conforme o delegado, a trama chegou ao conhecimento da polícia em 2018, quando a vítima, que era enteada do marido da mãe, já tinha 15 anos e revelou o caso para professores da escola onde estudava.
Mas, as investigações não conseguiam avançar, mesmo com os relatos detalhados pela vítima, por conta da mãe que durante todo o tempo montou uma narrativa desconstruindo as acusações da filha e muitas das vezes destruindo pistas e enganando os policiais.
Não obstante, a convicção nos relatos da adolescente levou os policiais a se aprofundarem mais nas investigações. Amparados por laudos médicos que comprovavam a violência sexual e o DNA do acusado, o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público, que a acolheu a denúncia e reforçou o pedido de prisão contra o casal, sendo a mulher pela acusação de conivência, pelo trabalho em desacreditar as denúncias da filha e por dificultar o trabalho de investigação, e o marido pela série de estupros.
Após as prisões serem decretadas, o casal fugiu em 2021. No lugar para onde fugiu o homem terminou morrendo. Acreditando que o caso havia sido esquecido pela polícia e diante da morte do marido, a mulher retornou para Piranhas e estava morando no mesmo lugar de antes, mas foi denunciada e acabou presa em cumprimento do mandado de prisão que havia em aberto contra ela.
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