Um homem considerado foragido da Justiça foi preso, na tarde desse domingo (19), por volta das 12h, no Sítio Barro Preto, em Água Branca. Rafael Rodrigues Monteiro, 36, tinha em aberto dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Comarca de Manari, em Pernambuco.
Ele foi encontrado depois de um trabalho da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), em conjunto com a Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes/Caatinga).
No momento da prisão ele estava em casa e foi flagrado com um revólver calibre .38, com numeração suprimida e cinco munições intactas, além de três aparelhos de telefone celular. Diante da situação, além do cumprimento da ordem de prisão, os policiais também relataram o crime de posse ilegal de arma de fogo.
Segundo a investigação, Rafael participou do assassinato de Leonardo Lacerda de Araújo, conhecido como “Bocão”, 33, ocorrido no dia 3 de janeiro de 2022, no município de Manari (PE). A vítima estava dentro de casa, quando o imóvel foi invadido pelos assassinos, que entraram pela porta da cozinha e a maram com vários tiros.
Os trabalhos investigativos da polícia resultaram na prisão de Romário Gomes Rodrigues, conhecido como “Gordinho”, de idade não informada, suspeito de ter tramado o assassinato, que teria sido executado por Rafael. Os dois suspeitos e a vítima eram amigos e seriam integrantes de um grupo criminoso responsável pelo tráfico de drogas em Manari.
Conforme apurou a investigação, apesar de serem muito amigos, Rafael e Leonardo vinham se desentendendo por conta da disputa que travavam pela liderança do grupo criminoso do qual eram integrantes e a divisão do dinheiro arrecadado com a comercialização de entorpecentes.
A esposa da vítima contou para a polícia que suspeitou da atitude de Romário porque era muito amigo de Leonardo, mas não compareceu ao velório nem ao enterro, alegando que estava viajando. A mulher contou que ele foi visto bebendo com o marido dela poucos minutos antes de ele ser morto e saiu do município logo após o crime, ficando fora por cerca de duas semanas.
Por outro lado, em depoimento na delegacia, Romário contou que não foi ao velório porque não quis, que estava em Santana do Ipanema, na casa da família da esposa. Ele disse ainda que não tinha aproximação com Rafael, apenas com a vítima. O suspeito negou participação no assassinato do amigo e imputou o crime a Rafael e a outro homem identificado apenas como Luciano.
Ainda de acordo com o depoimento de Romário, o crime foi praticado pelos dois suspeitos por questões relacionadas ao tráfico de drogas no município. Diante das provas e relatos de testemunhas, o delegado do caso não descartou a participação do depoente como mandante do crime e representou pela prisão preventiva dele, assim como de Rafael, que estava foragido.
Agora capturado, Rafael foi levado para o Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia (Cisp), onde ficou recluso à disposição da Justiça.
Utilize o formulário abaixo para comentar.