Favoritíssimo à reeleição para a presidência da Câmara, com apoios de dezenove partidos da esquerda à direita, passando obviamente pelo Centrão, Arthur Lira (PP-AL) turbinou sua campanha com a popularíssima (entre os deputados) pauta corporativista da Casa. Nos últimos dias, Lira assinou aumentos em temas sensíveis aos interesses das excelências: cota parlamentar, auxílio-moradia e valores para custear despesas com moradia e combustíveis.
Sob justificativa de “adequar o valor da Cota Para o Exercício da Atividade Parlamentar aos maiores custos relacionados ao exercício do mandato, que são deslocamento e habitação”, passou de 1.747 reais para 4.148 reais mensais a verba disponível para complemento do auxílio-moradia de deputados que não usem imóveis funcionais – ou seja, dinheiro para cobrir despesas que ultrapassem o valor do benefício, que é de 4.253 reais. Com o reajuste no complemento, o auxílio pode chegar a 8.401 reais por mês.
Na seara dos “deslocamentos”, cada parlamentar passou a poder reembolsar até 9.392 reais mensais em despesas com combustíveis, rubrica que disponibilizava 6.000 reais para reembolsos antes da canetada de Arthur Lira.
Entre as mudanças feitas por Lira, aumentou-se também o valor da cota parlamentar, o “cotão”, dinheiro usado pelos deputados para despesas do mandato. Além de combustíveis, o cotão inclui passagens aéreas, aluguel de escritório de apoio nos estados, alimentação e aluguel de carro, entre outros – os valores variam de estado para estado, considerando custos das passagens a Brasília, e não eram reajustados desde 2016.
A menor cota, do Distrito Federal, passou de 30.788,66 reais para 36.852,46 reais; a maior, de Roraima, foi de 45.612,53 reais para 51.406,33 reais.
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