A produção brasileira dependente do combustível fóssil não pode se desenvolver com a atual política governamental da Petrobras. Essa gangorra do preço do combustível, ora acima, ora abaixo, só prejudica a sociedade com a forçosa elevação dos preços dos alimentos e demais mercadorias, e isso já vem produzindo efeito no bolso dos consumidores.
A solução de aumentar a carga tributária para amenizar o custo do combustível é uma medida política perversa diante de um país onde o imposto é um dos mais altos do planeta e não se vê retorno dele em serviços públicos de qualidade.
O governo tem que cortar os gastos da máquina pública nos Três Poderes, mas não corta, e subsidiar quem produz, em vez de acenar com aumento de impostos para neutralizar a perda da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre o óleo diesel.
Assim, estão certos os caminhoneiros com o movimento de paralisação. Quem transporta alimentos e demais mercadorias para o crescimento do país não pode ser penalizado com a constante majoração de preços dos combustíveis. E por outro lado, a sociedade e demais empresários e empreendedores, que precisam do combustível fóssil para trabalhar, não podem ser prejudicados por políticas perversas de sustentação da Petrobras.
Sai governo e entra governo, mas a situação brasileira continua a mesma: a população é sempre chamada para pagar a conta do custo Brasil. Uma vergonha!
*É bacharel em Direito e servidor federal aposentado - Balneário Camboriú (SC)
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