O pedido é baseado em denúncias que o parlamentar tem recebido de funcionários públicos do município alegando que o prefeito estaria realizando reuniões e obrigando-os a realizarem campanha, pedirem votos e votarem nos apoiados por ele.

O vereador pediu ao Ministério Público que investigue o prefeito, haja vista que o mesmo, segundo ele, tem utilizado estratégias para não ser filmado ou gravado na prática de tais atos. Ainda segundo a denúncia, os funcionários são “convidados” a participarem de uma reunião com o gestor, as quais são realizadas por setores como Educação, Assistência Social, etc., principalmente com os contratados e comissionados.

Segundo o vereador Edvaldo Nascimento, a forma de um convite é para não caracterizar a intimidação. Os funcionários convidados deixam seus celulares na entrada do ambiente da reunião, só tendo acesso aos aparelhos ao final do encontro. Lá, o prefeito apresenta seus candidatos, entrega material de campanha e convoca todos para as atividades político-partidárias.

Para o vereador, “é muito fácil de comprovar a sua denúncia, pois a cidade toda sabe que tais reuniões acontecem e que muitos funcionários sentem-se obrigados a participarem das mesmas”. Ele ressalta que essa é uma prática proibida por lei e que pode ensejar penalidades para o gestor municipal.

Edvaldo Nascimento informou ainda que manterá o nome dos funcionários em sigilo para evitar mais perseguições e até demissões, já que eles, em sua maioria, são contratados e comissionados.

Segundo a Assessoria de Comunicação do prefeito Lula Cabeleira, esse fato não existe. “A Assessoria Jurídica está tomando as providências cabíveis contra o vereador devido às acusações sem fundamento”, informou a Comunicação.

“O vereador quer holofotes, ele está tentando aparecer. Ele está meramente tentando gerar um fato quando ele não tem mais visibilidade. Não é a primeira vez que percebemos esse movimento feito pelo Edvaldo. Ele mais uma vez vai à justiça e mais uma vez vamos vencer ele lá, como já tem acontecido tantas outras vezes”, relatou a Assessoria do prefeito Lula Cabeleira.

“Por outro lado, é natural, quando se faz parte de um grupo político e o chefe desse grupo toma uma decisão, que as pessoas acompanhem, mas nada disso tem sido obrigado nem existe coação nenhuma”, finalizou a nota da Assessoria de Comunicação.

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