O novo vídeo do PT (Partido dos Trabalhadores) traz vídeos de agressões de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em casos de violência política.
Uma frase do próprio presidente, registrada antes que se tornasse chefe do Executivo, abre o vídeo de 30 segundos: “minha especialidade é matar”.
“A violência bolsonarista chegou a níveis alarmantes, eles invadem igrejas, agridem padres, criam caos em lugares sagrados. Roberto Jefferson, um dos principais aliados de Bolsonaro condenado por corrupção, atirou na Polícia Federal”, diz o vídeo.
Roberto Jefferson atirou em policiais federais que cumpriam mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-deputado resistiu a prisão, atacou os policiais a tiros e com pelo menos três granadas, ferindo dois policiais. Os agentes reagiram ao ataque, mas não invadiram o local.
O ataque de Jefferson aconteceu no começo da tarde, mas o ex-deputado só foi preso após 8h de resistência à prisão. O ex-deputado só chegou ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, cerca de 14 horas depois de receber voz de prisão da PF.
Jefferson estava em prisão domiciliar desde 25 de janeiro deste ano com base no inquérito que apura a atuação de uma organização criminosa que atenta contra a democracia.
A prisão domiciliar havia sido determinada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes. Antes de receber o benefício, Jefferson passou cinco meses preso no Complexo Prisional de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
A revogação do benefício por Moraes se deve ao descumprimento de medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como fez ao ofender a ministra Cármem Lúcia.
O presidente Jair Bolsonaro, ainda no domingo, mentiu ao dizer que não tinha fotos com Roberto Jefferson. O ex-deputado e o presidente da República aparecem juntos em pelo menos quatro fotos. Encontros aconteceram no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
Bolsonaro (PL) afirmou no início da tarde de domingo, por meio de suas redes sociais, que repudia a "ação armada" do ex-deputado contra os policiais. O presidente, no entanto, criticou o inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que levou Jefferson à prisão.
Somente à noite, após Jefferson se entregar à polícia, Bolsonaro prestou solidariedade aos agentes feridos.
"O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio", afirmou o presidente em vídeo.
Lula (PT) também comentou o caso. O ex-presidente e candidato ao Planalto disse repudiar os ataques de Jefferson aos policiais federais. Para o petista, uma "máquina de destruição de valores democráticos" em ação no país criou comportamento "como o que vimos hoje".
“A gente nunca viu uma aberração dessa, uma ofensa dessa, uma cretinice dessa que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país. Ele conseguiu criar neste país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, e que espalha fake news o dia inteiro, sem se importar se o filho dele está ouvindo a mentira ou não. É desrespeito pela sociedade.”
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