O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou um grupo de trabalho para combater a violência política nas eleições deste ano. Na portaria que institui o grupo, o TSE justifica que tomou a medida após verificar relatos de agressão a cidadãos por motivação política e atentados contra a liberdade de imprensa.
O TSE citou a morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, assassinado a tiros por um militante bolsonarista (veja mais abaixo). Também motivaram a criação do grupo, segundo o TSE, denúncias feitas pela Câmara e Senado sobre ataques a autoridades, à liberdade de imprensa e às urnas eletrônicas.
O grupo de trabalho vai ser coordenado pelo corregedor da Justiça Eleitoral. Também vão formar o órgão outros servidores da Justiça Eleitoral, como representantes da Vice-Presidência do TSE, da Diretoria-Geral e da Secretaria de Polícia Judicial.
Entre as tarefas do grupo estão reunir partidos políticos, o MInistério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para discutir medidas e levantar informações para coibir a violência ao longo do processo eleitoral.
Marcelo Arruda foi morto a tiros no dia 9 deste mês, durante a própria festa de aniversário, por um militante bolsonarista, José Guaranho. Segundo testemunhas disseram à polícia, Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro" momentos antes de atirar.
A festa de Marcelo tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.
De acordo com o Ministério Público, o crime teve motivação política. A Polícia Civil, por outro lado, não viu viés político.
No inquérito, a delegada Camila Ceconello considerou que a primeira discussão entre Arruda e Guaranho no dia da festa foi motivada por questões políticas. Mas que, quando Guaranho voltou ao local do aniversário depois de deixar a mulher e o filho em casa, o policial teria reagido a um sentimento de humilhação.
A Polícia Civil pediu indiciamento de Guaranho por crime por motivo torpe.
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