O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou nesta quinta-feira, 1, o presidente Jair Bolsonaro (PL) por três publicações feitas nas redes sociais em que associa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência, ao Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil. A multa foi fixada em R$ 5 mil e aprovada com placar de 6 votos favoráveis e um contrário. O Tribunal também determinou a exclusão das publicações, feitas em 19 de julho, quando Bolsonaro compartilhou trecho de uma matéria da TV Record que mostrava um integrante do PCC e falando sobre “diálogo cabuloso com o PT”. “Líder da facção criminosa reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos Trabalhadores o diálogo com o crime organizado era ‘cabuloso'”, escreveu o presidente, candidato à reeleição pelo Partido Liberal. Cerca de um mês depois das publicações, a ministra Maria Claudia Bucchianeri rejeitou um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para a retirada das publicações, alegando que os conteúdos reproduziam materiais jornalísticos.
Na sessão desta quinta, ela reforçou o entendimento ao afirmar que “isso não significa que aquilo que foi dito pelos interlocutores seja verdade”, afirmou, sendo rebatida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que falou em “narrativa fortemente dissociada” e anarquia. “Confunde e desorienta os eleitores e a população em geral, que gradativamente perde a habilidade de distinguir a verdade da falsidade, os fatos das versões”, defendeu. Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro, assim como o ex-presidente Lula, não se pronunciou sobre a multa e a decisão pela retirada dos conteúdos.
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