Literalmente após a folia de Momo, onde entre as brincadeiras prediletas da política as conjecturas tomam conta de todos os blocos, a "quentura" do São João que vem em seguida aquecerá a política em Alagoas. As candidaturas de conjecturas tendem a se tornar cinzas, dando lugar aos projetos políticos.
E em Santana do Ipanema uma das mais importantes cidades do Sertão alagoano, que já teve filhos como governador, senadores e deputados, vale a estratégia da sociologia de dividir para conquistar ou dividir para reinar.
Frequentadores do poder, a família Bulhões mantém mistério público do anúncio de quem irá apoiar para prolongar sua supremacia. Mas, o mistério é apenas para o eleitor.
Instigados pela Câmara de Vereadores, que se sentia exaurida pelas lutas para ser vista por quem está no poder, os Bulhões realmente tendem a atender o seu Legislativo e lhes estender uma das mãos: o cargo de vice.
A chapa projetada - hoje - manterá o sangue Bulhões na "cabeça". Divulga-se nos bastidores o nome do jovem Eduardo Bulhões, indicação pessoal do deputado federal Isnaldinho Bulhões (MDB), alheio à política partidária, deverá ser o candidato a suceder a médica e prefeita Christiane Bulhões. O jovem deverá ter como parceiro de chapa o vereador e presidente da Câmara, Mário do Laboratório, que no ano passado ameaçou - e só ameaçou - lançar-se candidato em voo solo.
Realmente, para quem conhece a essência de polítca, a indicação de Mário do Laboratório não é por ele ser um expert captador de votos. Vereador mais votado nas últimas eleições, quando obteve 1.309 votos, hoje o nome do edil servirá só para acalmar a cizânia "plantada" entre o quase unânime bloco de vereadores que apoiam o atual governo municipal a fim de que fosse visto e melhor "aproveitado". Mas, na política o futuro a Deus pertence.
Já no outro "cabo de guerra" estão ainda a "oposição", a "verdadeira oposição" e a "terceira via" - pois é assim como se definem os três grupos que se dizem contrários aos Bulhões -, que têm mostrado seus nomes (o ex-deputado Marcos Ferreira, o jovem Dalmarinho Filho, Albério Wanderley e alguns outros) para o embate. Mas entre todos, um se destaca: o advogado Edson Magalhães, hoje no Progressista de Arthur Lira, que já tem mostrado que está com seu "time" em campo.
O advogado, que já esteve com os Bulhões no passado, quando foi vice da matriarca da família, hoje está rompido politicamente, tem a seu desfavor não os santanenses pró-Bulhões, mas a desunião motivada pelo egocentrismo dos outros grupos que também se auto-intitulam de oposição, mostrando a fraqueza de quem preza por mudanças. Fazendo uma analogia com o futebol, "nenhum clube que tenha projeto para ganhar um campeonato contrata bons atletas para oferecer de graça ao adversário".
Esquece o grupo que cada um de seus lideres pode ser imbativeis candidatos ao legislativo municipal, inviabiizando o "alicerce" projetado pela situação, que hoje tem a Câmara como sua. Não se vence dividido eleição da noite para o dia. Juntos, projeta-se hoje, para amanhã ter mais.
Mas não. Com o ego acima da inteligência, a oposição, antecipadamente, garante a vitória folgada para a continuidade do mesmo de hoje, impedindo que o povo, de novo, tenha opção e no dia 7 de outubro, um dia após as eleições municipais, seja revelado que dos 500 aos 2.000 votos prováveis (estimativa atual), seriam os necesários para estarem comemorando, ao invés de se lamentando.
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