Se dizendo abalado e chorando em grande parte do depoimento, o motorista afirmou que deixou o local do acidente porque se sentiu acuado e com medo de ser agredido.
Ao delegado Paulo Tavares, da Polícia Civil de Minas Gerais (PC/MG), Luiz Viana afirmou que o ônibus apresentou problema mecânico durante a viagem, que passou por manutenção e que houve troca de peças. O motorista ainda reafirmou que faltou freio na hora do acidente e que pulou do veículo com outras cinco pessoas antes de o coletivo cair da ponte, de uma altura de 35 metros. .
Foram cerca de três horas de depoimento e no final o motorista foi liberado. O delegado, por sua vez, relatou à imprensa que, por enquanto, não há materialidade para que o motorista seja preso.
“Ele fugiu, segundo ele, porque ficou com medo. Muitas pessoas que paravam no local, alguns outros motoristas, estavam procurando por ele, perguntando cadê o motorista. Então ele se sentiu acuado e resolveu fugir. Ele está muito abalado e não saiu do município como havia a suspeita”, disse o delegado.
Paulo Tavares também ouviu a filha da proprietária da Localima, que permanece em João Monlevade junto com o marido. Ela, que passou mal durante o depoimento e foi atendida por uma equipe médica, apresentou um documento que comprova um contrato de arrendamento do veículo entre a Localima e a JS Turismo, empresa com sede em Goiania.
Os responsáveis legais ainda não prestaram depoimento. Segundo a mulher, a mãe e o pai, que é o gerente, não conseguiram ir à Minas Gerais porque estão abalados com a situação. Mas, o delegado confirmou que os dois serão ouvidos na próxima semana.
“Ela alegou no depoimento que ela não conhece muito bem os trâmites da empresa, que a empresa está no nome da mãe dela, e quem conduz essa empresa é a mãe e o pai, além dos irmãos. Durante o depoimento, ela teve um mal estar e foi atendida por um médico da Polícia Civil, sem maiores consequências, e resolvemos encerrar o depoimento dela naquele momento, até porque ela não trazia muitas qualidades no depoimento que pudesse ser usado como elemento probatório”, ressaltou Paulo Tavares.
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