Dois delegados da Polícia Civil de Minas Gerais (PC/MG), auxiliados de três peritos, três investigadores e um escrivão coordenaram juntos com equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Defesa Civil (DC) a reconstituição da tragédia com o ônibus da empresa Localima, de Mata Grande, que matou 19 alagoanos e deixou 27 feridos.
O acidente aconteceu no início da tarde da sexta-feira (4), em um dos trechos da BR-381, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais.
Os trabalhos de reconstituição começaram por volta das 10h30 e foram encerrados às 13h, quando o trânsito no trecho foi liberado. O objetivo da reconstituição é esclarecer os aspectos do desastre que fez o ônibus cair de uma altura de 35 metros.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) sinalizou a rodovia, na altura da "Ponte Torta", local da tragédia. O trânsito seguiu no sistema pare e siga enquanto durou a reconstituição.
O motorista que dirigia o ônibus no momento do acidente, Luiz Viana de Lima, chegou à reconstituição em uma viatura da Polícia Civil acompanhado de uma advogada.
Depois, Lima participou da reconstituição policial, e quando ficou no ponto da queda do veículo, ficou aparentemente emocionado.
"A título de esclarecimento, o motorista tem mais de 20 anos de profissão, fazia essa rota há mais tempo. Ele fugiu por medo, está muito consternado, abalado. Vamos esperar a conclusão da perícia. Ele está à disposição da polícia. Se o delegado autorizar, ele volta para a cidade dele", explicou a advogada Carolina Zerbini.
Na manhã da terça-feira (8), o delegado Diego Carvalho, da PC/MG , esteve no Hospital Margarida, onde ouviu algumas vítimas do acidente que continuam internadas.
São sete sobreviventes – cinco homens e duas mulheres – que estão internados, mas que não correm risco de vida, embora não tenham previsão de alta médica.
Duas crianças que ficaram feridas estão acompanhadas da mãe, que aguarda por um colete ortopédico. O teor dos depoimentos não foi informado à imprensa.
Em outra unidade médica, na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em Belo Horizonte, permanecem três pacientes internados, entre elas uma menina de 7 anos que passou por uma cirurgia no tornozelo, na segunda-feira (7), no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Conforme o serviço social da unidade de saúde, a criança está bem.
Um outro sobrevivente, um homem de 33 anos, permanece em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI), do mesmo hospital.
No mesmo local, um menino de 10 anos continua na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, em estado grave, mas estável. Segundo a Fhemig, ele demanda mais cuidados.
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