Um novo fato sobre o ônibus da empresa Localima, de Mata Grande, que caiu de uma altura de 35m de um viaduto na BR-381, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, quando matou 19 passageiros, pode complicar ainda mais a idoneidade da empresa alagoana, que funciona desde 1997.
Para a Polícia Civil de Minas Gerais (PC/MG), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) confirmou que o veículo já foi autuado seis vezes em estradas mineiras por transporte clandestino de passageiros.
Nos documentos, já de posse do delegado Paulo Tavares, três das autuações foram aplicadas em outubro do ano passado, quando o veículo foi flagrado fazendo transporte de passageiros entre Mata Grande e São Paulo (SP) sem a autorização do poder concedente. Os registros foram feitos na região de Montes Claros, no Norte do estado, na BR-135 e na BR-251.
Ainda segundo o DER-MG, àquela época, a infração não previa a remoção dos veículos irregulares como ocorre atualmente.
Em janeiro e setembro deste ano, o veículo foi autuado novamente. Nessas ocasiões, o ônibus passou pela MG-290 sem entrar na praça de pesagem do DER-MG, em Borda da Mata. Como não foi feito o controle do peso, o veículo foi autuado nessas duas oportunidades.
A última autuação foi realizada pelo DER-MG também em setembro de 2020, dessa vez por problemas no tacógrafo. Segundo o órgão, o equipamento não fazia o registro da distância, nem do tempo do veículo. Essa abordagem foi na BR-135, em Montes Claros.
A confirmação do órgão de trânsito desmente a fala do representante da Localima, Flaviano Carvalho, marido da filha da proprietária da empresa.
Em entrevista exclusiva ao Correio Notícia, Flaviano afirmou que a Localima adquiriu o veículo no ano passado, após as multas.
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