A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (26) que a conta de luz seguirá com cobrança extra em abril.
Isso porque a bandeira tarifária continuará na cor amarela, adotada desde janeiro. Com isso, é cobrado o valor de R$ 1,34 a mais na conta de luz a cada 100 kWh de energia consumidos.
De acordo com a Aneel, os principais reservatórios das hidrelétricas estão com níveis de abastecimento reduzidos, e esse cenário sinaliza patamar desfavorável de produção.
"Em março, houve registros de precipitação nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN) com volumes finais abaixo do esperado. Abril é um mês de transição entre o período úmido e o seco nessas regiões, o que indica que as precipitações não devem alterar a tendência de queda das afluências a partir de então", informou a agência.
Sistema de bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia. A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas, cuja produção de energia é mais cara.
Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2).
O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.
Novos valores
A Aneel revê, anualmente, os valores das bandeiras tarifárias levando em consideração o custo para a geração de energia.
Na reunião de diretoria de terça-feira (23) a Aneel propôs uma revisão no valor das bandeiras e a bandeira vermelha pode ficar mais cara. Por outro lado, a proposta prevê uma queda no valor da bandeira tarifária amarela.
Novos valores propostos:
- Amarela: de R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 0,99;
- Vermelha patamar 1: R$ 4,16 a cada 100 kWh para R$ 4,59;
- Vermelha patamar 2: passaria de R$ 6,24 a cada 100 kWh para R$ 7,57.
A proposta da Aneel ainda passará por consulta pública e pode ser alterada.
Utilize o formulário abaixo para comentar.