Três escolas municipais suspenderam as aulas na noite desta quarta-feira (17), após um suposto toque de recolher no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. São elas: Zulmira Torres, Teodoro Sampaio e Maria Amélia Paiva.
Segundo moradores, a informação sobre o suposto toque de recolher começou a circular na região após um homem, suspeito de liderar o tráfico de drogas da região, ser morto no distrito de Humildes, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros da capital baiana.
O homem levava armas e drogas de Feira de Santana para serem distribuídas no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Por causa do suposto toque de recolher, o Sindicato dos Rodoviários informou que os ônibus do transporte público haviam parado de entrar no bairro por causa da insegurança. No entanto, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) afirmou que a circulação dos coletivos segue mantida no local, após o policiamento ser reforçado.
Além disso, estabelecimentos comerciais como farmácias, padarias, oficinas e lojas, seguem abertos e funcionam normalmente.
Violência na região
Na última segunda-feira (15), um tiroteio assustou crianças e funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil Dália de Menezes, no Nordeste de Amaralina, na capital baiana. Por causa disso, as aulas foram suspensas e seguiram assim até a terça-feira (16).
A coordenação da creche participou de uma reunião na Secretaria Municipal da Educação (SMED), para debater a segurança no local. Na unidade, estão matriculadas 179 crianças, com idades entre dois e cinco anos de idade.
Não há detalhes sobre quantos alunos estavam no local no momento do tiroteio. Uma imagem registrada dentro da creche mostra crianças aglomeradas em um corredor com funcionárias, na segunda-feira. Todos se jogaram no chão para se proteger dos disparos.
Moradores da região coletaram ao menos 12 cápsulas. Os tiros atingiram paredes das casas na Avenida Nova República, além de uma igreja evangélica, que teve a porta de vidro estilhaçada.
Os relatos na comunidade indicam que há pelo menos seis dias a população vive em clima de insegurança por causa de trocas de tiros constantes.
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