O governo do presidente Jair Bolsonaro conta com sete a oito votos nesta segunda-feira (27) no Conselho de Administração para aprovar o nome de Caio Paes de Andrade como conselheiro e presidente da Petrobras. A reunião está agendada para esta segunda-feira (27), às 11h, depois de o Comitê de Elegibilidade ter, por três votos a um, decidido que não há obstáculos para a aprovação do nome indicado por Bolsonaro.
Com Caio Paes de Andrade no comando da empresa, o governo avalia que não serão dados mais reajustes de preços para os combustíveis antes das eleições. O último foi anunciado no dia 17 de junho pelo ex-presidente José Mauro Ferreira Coelho, que decidiu renunciar ao cargo diante das pressões do Palácio do Planalto para evitar o aumento, que provoca desgaste na imagem de Bolsonaro em ano eleitoral.
Segundo assessores presidenciais, a indicação de Paes de Andrade tem com certeza dois votos contra a aprovação, podendo chegar a três. Mas o governo avalia que, além dos cinco conselheiros atuais que foram nomeados pelo Palácio do Planalto, dois conselheiros de acionistas minoritários devem votar pela aprovação do atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia.
Como foi a votação no Comitê de Elegibilidade
No Comitê de Elegibilidade, o voto contrário foi do conselheiro Francisco Petros, para quem a experiência de Caio Paes de Andrade se deu em empresas cuja "complexidade é substancialmente menor que a da Petrobras" e destacou que neste momento a empresa precisa de CEO com experiência na gestão de grandes empresas ou órgãos públicos.
Até os três que votaram pela aprovação do nome de Caio Paes de Andrade, dizendo que não há impedimento para que ele assuma os dois postos, fizeram a ressalva de que ele não possui a experiência demandada pelas regras atuais. Ou seja, aprovaram, mas com uma ressalva para que o Conselho de Administração analise na reunião de hoje.
Em relação à política de preços, Caio Paes de Andrade informou ao Comitê de Elegibilidade que não recebeu nenhuma orientação do governo para mudá-la. Integrantes da Petrobras disseram ao blog que era “óbvio” que ele não admitiria o que todo mundo sabe, que a partir de agora a questão dos preços será tratado de acordo com a ótica do Palácio do Planalto, que não quer aumentos até as eleições.
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