O secretário especial de Cultura, Roberto Alvin, está promovendo mudanças nas principais pastas sob sua coordenação. Entre elas está a troca da direção da Fundação Palmares, responsável por resguardar e fomentar a cultura afro-brasileira. Saiu o presidente Vanderlei Lourenço, e foi nomeado para o lugar Sérgio Nascimento de Camargo. O novo mandatário da pasta tem um extenso histórico de embates com negros nas redes sociais. Dentre as polêmicas ditas por ele está uma publicação que afirma que "negro de esquerda é burro, é escravo".
O novo presidente da Fundação criada para resguardar a cultura negra no país já criticou rap, funk, capoeira e seus adeptos.
Com uma postura semelhante à do ministro da Educação, Abraham Weintraub, Sérgio promete bloquear os "esquerdistas" do seu Facebook. "Reitero: todo esquerdista será bloqueado; todo comentário de esquerdista será excluído. Não perca seu tempo aqui. Não sirvo capim!", disse o novo presidente da Fundação Palmares.
Recentemente, dezenas de marcas de móveis lançaram uma campanha para não se usar mais o nome "criado-mudo" em seus móveis, pois, segundo historiadores, este nome remete aos negros que deveriam ficar ao lado de seus patrões, segurando seus objetos, sempre mudos. Mas para Sérgio isto é o cerceamento da liberdade de expressão. "Nossa liberdade de expressão não pode ser ditada pelos que enfiam crucifixos no ânus, cagam na rua e fazem criança tocar em peladão no museu.
Ignorem listas de palavras vetadas pela esquerda", disse o novo presidente da entidade criada, também, para combater o racismo.
Para Sergio, quem escravizou os negros, foram os próprios negros e por isso, não deve haver reparação histórica. "Negros sempre ESCRAVIZARAM negros. Escravizam até hoje na África. Quer reparação histórica? Vá cobrar no Congo! Boa sorte!", disse.
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