Movimentos de oposição voltaram a convocar protestos contra o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (19). Os organizadores estimam que 400 atos serão realizados no Brasil e 57 no exterior. Ao todo 438 cidades receberão as manifestações, entre elas várias de Alagoas, como Maceió, Arapiraca e Palmeira dos Índios.
Atos contrários ao presidente também foram realizados em 29 de maio. Na época, ocorreram manifestações em ao menos 213 cidades do país e 14 do exterior, segundo estimativa dos movimentos organizadores.
De acordo com Carmem Foro, Secretária-Geral da CUT, este sábado será uma “métrica importante” para avaliar se os protestos presenciais se tornarão mais frequentes. “A situação está cada vez pior, então a tendência é [o volume de manifestações] crescer”, avalia a secretária.
Carmen diz que não há uma orientação única dos movimentos de oposição para que as pessoas vão às ruas, e que, por causa da pandemia, muitos ainda se sentem inseguros para protestar presencialmente. “Todos que se sintam à vontade e queiram devem ir, mas devem se proteger”. Aos demais, a recomendação é “se preservar”.
Os organizadores também divulgaram um guia para medidas sanitárias a serem seguidas durante os atos. Nos protestos de 29 de maio, houve aglomeração de manifestantes.
Questionada sobre por que a oposição decidiu aderir a manifestações presenciais, Carmen disse que é a evolução de um processo que começou com manifestações online, evoluiu para atos simbólicos e agora chegou a protestos nas ruas: “As pessoas chegaram a um patamar em que não aguentam mais e estão dispostas a arriscar suas vidas”.
A agenda da 2ª leva de protestos presenciais contra o governo Bolsonaro começou nessa 6ª feira (18.jun), nos Estados Unidos. Cerca de 20 pessoas se reuniram em frente ao Consulado no Brasil na cidade de Washington, capital norte-americana.
Portavam placas com os dizeres “Indigenous lives matter” (“vidas de indígenas importam”, em português) e “fora Bolsonaro”. O ato foi organizado pela USNDB (rede pela democracia no Brasil dos Estados Unidos) e teve apoio das organizações Amazon Watch, Democratic Socialist of America e Code Pink.
De acordo com os movimentos da oposição, haverá mais de 50 protestos contra o presidente Bolsonaro fora do país.
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