Aliados do governo já demonstram preocupação com a desaprovação recorde do governo Jair Bolsonaro que, segundo o Datafolha, chegou a 53%. O temor é de que o indíce dos que consideram o governo ruim ou péssimo chegue a um patamar de não retorno e comprometa as chances do presidente em 2022.
A percepção no entorno do presidente é de que, se não houver uma reversão rápida, esse índice passa a ser proibitivo para ele disputar a eleição no próximo ano.
Todas as expectativas eram de que, com o avanço da vacinação e a diminuição dos números da pandemia, haveria uma recuperação rápida de parte da queda da avaliação do presidente apontada em pesquisas anteriores. Não é isso que está acontecendo.
A constatação de integrantes do próprio governo é que outros temas contaminaram a agenda negativa, como instabilidade política, classificada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) como "barulho político", e a deterioração acentuada da economia do país.
O temor é que o aumento da inflação, a crise energética e os altos números do desemprego comprometam em definitivo a recuperação da popularidade do presidente para 2022.
De dezembro até aqui, o Datafolha apontou que Bolsonaro caiu 15 pontos na aprovação, de 37% para 22%, e o índice dos que avaliam o desempenho dele como ruim/péssimo subiu 21 pontos, de 32% para 53%.
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