O aplicativo do Ministério da Saúde TrateCOV, lançado em Manaus no último dia 11 de janeiro, estava fora do ar nesta quinta-feira (21).
A plataforma, voltada para profissionais de saúde, tinha como objetivo auxiliar no diagnóstico da Covid-19 e recomendava uma série de remédios sem comprovação de eficácia contra a doença. Hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina poderiam ser recomendados, dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente.
Em nota, o Ministério informou que o aplicativo era um "projeto-piloto" e não funcionava oficialmente, era apenas um "simulador". "No entanto, o sistema foi invadido e ativado indevidamente – o que provocou a retirada do ar, que será momentânea", disse.
A pasta não deu prazo para o retorno do aplicativo.
Mais cedo, o CFM (Conselho Federal de Medicina) emitiu um comunicado em que diz ter solicitado ao Ministério da Saúde a "retirada imediata do ar do aplicativo TrateCov".
De acordo com o órgão, a ferramenta não preserva o sigilo das informações e não deixa claro como serão utilizadas, permite o preenchimento por pessoas não especializadas e induz à automedicação, além de assegurar "validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional".
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