Pouco antes de dar posse aos novos chefes dos bancos públicos, nesta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para acertar os ponteiros, afinar o discurso e evitar a exploração de possíveis desentendimentos entre eles.
Segundo um assessor palaciano, apesar da confusão da última sexta (4), não houve desentendimento grave entre Bolsonaro e Guedes.
Na sexta, Bolsonaro chegou a anunciar medidas econômicas, mas, depois, integrantes do próprio governo disseram que as medidas não serão adotadas.
O episódio da semana passada serviu, na visão de interlocutores do presidente, para Bolsonaro tomar "certas precauções" na hora de anunciar decisões de governo.
Logo depois da conversa entre os dois,nesta segunda-feira, Bolsonaro discursou na posse dos presidentes do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa, fazendo questão de elogiar, mais de uma vez, o ministro da Economia e a equipe de Paulo Guedes
O mercado estava apreensivo em relação ao início desta segunda semana de governo, depois da bateção de cabeças da primeira semana. Os elogios de Bolsonaro a Paulo Guedes trouxeram tranquilidade, numa sinalização de que o ministro da Economia segue forte no comando da política econômica.
Reforma da Previdência
O próximo teste, porém, será a definição da proposta de reforma da Previdência Social, o que deve acontecer até o final de janeiro.
No discurso desta segunda-feira, Bolsonaro voltou a destacar que, se Paulo Guedes entende muito mais de economia, ele entende um "pouco mais" de política. Esta foi uma sinalização de que a decisão sobre a tramitação da reforma no Congresso será dele, mas sempre ouvindo o ministro em relação ao conteúdo.
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