Um adolescente de 14 anos, morador de Sorocaba (SP), foi autorizado a cursar graduação na Fatec depois que a família conseguiu uma liminar na Justiça para permitir seu ingresso.
De acordo com a mãe, Rogéria Pereira, Hector Augusto Martins ficou em 13º lugar no vestibular para o curso de análise e desenvolvimento de sistemas.
Para que fosse permitido fazer a faculdade, segundo Rogéria, vários documentos foram apresentados ao Ministério Público, inclusive uma declaração de maturidade.
Na decisão, a juíza Erna Thecla Maria Hakvoort, da Vara de Infância e Juventude, destaca que "não é razoável o adolescente continuar entediado na escola, em um curso que oferece poucos desafios, só para conseguir o certificado de conclusão do Ensino Médio".
“Ele sempre estudou sozinho, sempre quis mais. E entrar para a faculdade será muito bom para ele, vai se adaptar bem”, conta a mãe.
De acordo com o estudante, a faculdade será um lugar de aprendizado, novos amigos e muito conhecimento.
"Sempre busquei ser útil para o mundo de alguma forma, e vi que essa área de tecnologia, de criar sites e desenvolver sistema era o que eu gostava, então decidi investir", conta Hector.
Orgulho
Rogéria ainda conta que Hector sempre se interessou em estudar e aprender coisas diferentes. Com isso, muitos terapeutas o consideram 'superdotado'.
"Meu filho sempre foi uma criança tranquila, brincava como todas as outras e gostava de jogar xadrez, mas não assistia desenhos. Ele preferia documentários e jornais. Era uma criança diferente”, explica a mãe.
Atualmente, o adolescente está cursando o 9º do Ensino Fundamental e pretende acionar a Justiça pra se dedicar somente à faculdade. Caso contrário, Hector irá terminar o curso superior seis meses antes do Ensino Médio.
Por enquanto, a família comemora a conquista. As aulas começam dia 5 de agosto.
“Foi uma trajetória bem difícil, mas me sinto muito orgulhosa que ele tenha conseguido vencer essa etapa”, comenta a mãe.
Como um jovem superdotado, Hector comenta que, apesar de ser inteligente, o que o motiva é saber que não sabe tudo, o que o faz querer aprender. “Não saber me deixa incomodado, por isso me sinto motivado em encarar essa nova fase”, explica.
Ele ainda comenta que espera que sua história sirva de exemplo para muitas pessoas. “As pessoas precisam aproveitar mais o conhecimento. Espero que se inspirem na minha história”, conta.
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