A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 171,056 bilhões em março, informou nesta terça-feira (25) a Receita Federal.
O resultado representa uma queda real (descontada a inflação) de 0,42% na comparação com março do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 171,781 bilhões (valor corrigido pela inflação).
Apesar da queda em relação ao ano passado, o resultado deste ano foi o segundo maior para meses de março desde o início da série histórica da Receita Federal, só perdendo para março de 2022. A série começou em 1995 e é atualizada pela inflação.
Segundo o Fisco, o resultado de março deste ano é explicado pelo:
decréscimo real de 5,87% com a arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, dois dos principais tributos recolhidos pelas empresas;
decréscimo real de 5,76% no recolhimento de PIS/Cofins, contribuições recolhidas por determinados segmentos da economia;
acréscimo real de 6,03% com os tributos previdenciários;
acréscimo real de 37,6% em outras fontes de receitas.
A comparação é feita com março de 2022, considerada a mais adequada por especialistas.
Acumulado do ano
No acumulado deste ano (janeiro a março), ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal chegou a R$ 581,795 bilhões, em valores nominais.
Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 586,841 bilhões, o que representa alta real (descontada a inflação) de 0,72% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os números da Receita Federal também mostram que a arrecadação de janeiro a março deste ano foi a maior para o período na série histórica corrigida pela inflação. Ou seja, a maior em 29 anos.
Desonerações
Em nota, a Receita Federal diz que as desonerações (reduções de impostos) concedidas em dois tributos federais — IPI e PIS/Cofins — impactaram até aqui o resultado da arrecadação no ano e no mês de março.
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