O Conselho de Administração da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira, 26, para discutir, entre outros temas, os preços dos derivados de petróleo e o novo plano de negócios para o quinquênio entre 2023 e 2027. Interlocutores da estatal asseguram que nos próximos dias não haverá qualquer tipo de reajuste nos preços do diesel e da gasolina. Entidades e associações do setor têm insistido em dizer que os preços dos combustíveis estão bem mais baratos do que os padrões internacionais. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula umas defasagem de 16% para a gasolina e de 13% para o diesel. O Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) também segue na mesma linha e aponta defasagem de 17% para a gasolina e de quase 15% para o diesel. Entretanto, os funcionários da Petrobras consultados pela Jovem Pan News dizem que os parâmetros utilizados por importadores e por especialistas não levam em consideração algumas variáveis fundamentais para a formação dos preços finais no mercado interno como logística, transporte, estocagem, armazenamento e frete.
Embora o barril de petróleo do tipo Brent tenha fechado em alta nesta quarta e ao longo dos últimos dias, não se deve esperar um ajuste dos preços dos derivados de petróleo no curtíssimo prazo. A Petrobras tem adotado a estratégia de não repassar a volatilidade internacional para o mercado interno. Na reunião do Conselho de Administração da estatal também foi discutido o plano de negócios para o próximo quinquênio e, segundo os interlocutores consultados pela reportagem, as indicações apontam para um novo plano estratégico de US$ 70 a US$ 80 bilhões em investimentos para esse período. O Pré-sal segue como grande foco e a área de exploração e produção deve ser aquela que vai abarcar o maior número de recursos e investimentos.
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