O aparelho, chamado Real Timer, realiza um processo que os especialistas batizaram com a sigla RT-PCR. Segundo o virologista Gúbio Soares, da UFBA, a máquina “é capaz de identificar o material genético do vírus, e é isso que os laboratórios utilizam para cravar o diagnóstico”.

Sem o Real Timer, o diagnóstico do 2019 n-CoV pode tardar até 48 horas. A redução do tempo ajuda os médicos a iniciarem um tratamento antes da doença avançar a níveis mais críticos, diminuindo também o tempo de isolamento dos pacientes

O equipamento chegou a universidade em 2019, e é uma versão mais moderna do que vem sendo utilizado, nos últimos cinco anos, para identificar o zika vírus. Segundo Soares, o processo realizado na UFBA é a forma mais eficiente para se fazer um diagnóstico do novo coronavírus.

“Ainda não existem testes imunológicos para detectar anticorpos contra o vírus porque ele é novo”, explica o virologista, que garante que o aparelho é capaz de analisar até 90 amostras por mês.