O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) anunciou no sábado (25) que recorrerá à Justiça contra a Receita Federal após auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrar que seus dados fiscais foram acessados ilegalmente por um funcionário do Fisco, segundo a revista Veja.
"Como sempre falei, fui vítima de alguns bandidos infiltrados no serviço público, com o único intuito de atingir o presidente Jair Messias Bolsonaro. As providências jurídicas já estão sendo tomadas. O jogo do poder é bruto, mas Deus está conosco", disse o senador.
Sobre seu patrimônio, incoerente com os ganhos de um parlamentar, ele nada diz.
Investigado por suspeitas de integrar esquema de rachadinhas e de embolsar parte do salário de funcionários quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, em março deste ano, os auditores do TCU se reuniram com equipes da Receita para tratar do caso e pediram, entre outras coisas, acesso à identidade dos funcionários que chegaram à base de declarações do senador entre 2016 e 2018.
O período analisado compreende o momento em que o Ministério Público (MP) suspeita ter havido a prática da rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Entretanto, através de uma liminar concedida pelo ministro do Superior Tribunal Eleitoral (STF), Alexandre de Moraes, ainda em 2019, a auditoria do TCU não pôde ter acesso à data exata em que os dados sigilosos foram acessados, mas a simples confirmação de que o episódio de fato ocorreu deve se tornar a mais nova arma jurídica de Flávio no caso das rachadinhas.
Segundo a mídia, em agosto de 2020, a defesa do parlamentar já havia levantado a hipótese de que haveria uma organização criminosa instalada na Receita Federal no Rio com o objetivo de fomentar informações que poderiam atingi-lo.
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