As gêmeas siamesas separadas em Goiânia respiram com ajuda de aparelhos e seguem internadas em estado gravíssimo no Hospital Materno Infantil (HMI), segundo boletim médico divulgado neste domingo (26). Elas estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
A mãe das meninas, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, saiu de Salvador (BA) com o marido para realizar o parto em Goiânia. Ela também continua hospitalizada na Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI.
Diferentemente das filhas, o quadro da mãe é considerado bom. Não há previsão de alta para a mulher nem para as gêmeas.
Cirurgia de separação
As recém-nascidas passaram pela cirurgia de separação na quinta-feira (23), um dia após o nascimento. A operação, que durou 4h30, foi feita em caráter de urgência porque uma das gêmeas tem um problema cardíaco e precisará passar por outra operação, ainda sem data definida.
De acordo com a equipe médica o HMI, do ponto de vista técnico, a cirurgia foi concluída com "êxito". Elas nasceram na manhã de quarta-feira (22) na 37ª semana de gestação, com 4,785 kg, unidas pelo tórax e abdômen. Ambas compartilhavam o fígado, que foi dividido na separação.
Os médicos avaliam que as 48 horas após a separação são cruciais para verificar a recuperação de ambas. Somente após isso, poderá ser possível falar em prazos.
Contato com as gêmeas
Um dia após a cirurgia de separação, a mãe das meninas já pôde ter contato com elas. Conforme o hospital, as bebês podem receber carinho na cabeça, pés, e mãos, mas ainda não podem ser seguradas no colo ou amamentadas.
O HMI afirmou ainda que toda a nutrição delas tem sido feita por meio de medicamentos, inseridos pela veia. Após a estabilização do quadro delas, será avaliada a possibilidade de alimentá-las de outras maneiras.
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