Integrantes do governo Lula (PT) avaliam um meio termo para a desoneração de combustíveis, que termina na terça-feira (28) e pode elevar o preço do litro da gasolina em R$ 0,69 e o do álcool em R$ 0,24, segundo o setor.
A ideia é uma retomada gradual dos impostos para que a Petrobras consiga encontrar um meio de reduzir provisoriamente o preço dos combustíveis até uma eventual mudança na política de preços da companhia para garantir uma diminuição mais permanente.
Criada no governo Bolsonaro como uma das ferramentas para tentar garantir a reeleição do agora ex-presidente, a desoneração retirou impostos federais sobre diversos combustíveis até o fim de 2022. Ao assumir o governo, Lula estendeu a política até o 31 de dezembro de 2023 para óleo diesel, biodiesel e gás natural e até 28 de fevereiro para álcool e gasolina.
A equipe econômica, porém, é contra a manutenção da desoneração por conta do custo para as contas públicas. Além do que, se Lula optar pela prorrogação integral, a decisão sinalizaria uma segunda derrota nesse assunto para a ala política.
No sábado (25), Lula conversou com o titular da Fazenda, Fernando Haddad, que expressou preocupação com uma manutenção da desoneração da forma que está. O presidente pediu ao ministro que ficasse tranquilo.
Haddad gostou da conversa. Fontes do governo indicam que a opção por um meio termo, como uma prorrogação por mais alguns meses, é o cenário defendido pela ala mais política do governo e pelo próprio PT.
Lula, porém, ainda não bateu o martelo.
Nesta segunda, Lula e Haddad voltam a se encontrar. O presidente também vai receber Rui Costa, ministro da Casa Civil, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
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