O fortalecimento de médias empresas será o foco da nova gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Foi o que afirmou nesta terça-feira (8), no Rio de Janeiro, Joaquim Levy, o novo presidente do banco de fomento, durante cerimônia para a transferência do cargo pelo agora ex-presidente Dyogo Oliveira.
"Assim como os grandes projetos, o BNDES é parte daquilo que transforma o Brasil em termos de infraestrutura, em termos de inovações. Nós vamos continuar fazendo isso com foco cada vez maior nas empresas médias", afirmou Levy.
O executivo destacou que são as médias empresas aquelas com potencial de fazer alavancar a economia do país, inclusive reaquecendo o mercado de trabalho.
“Não há país com uma livre iniciativa forte que não tenha empresas médias fortes. Na verdade, historicamente, eu diria que uma vulnerabilidade do Brasil é ainda não ter um setor de empresas médias fortes e com capacidade de crescer e criar emprego, e desenvolver e incorporar novas tecnologias. Não há dúvida que tanto no setor industrial, nos serviços, tecnologia, aí está o desafio, aí está o mercado do BNDES”, afirmou Levy.
Além de Levy e Oliveira, participam da cerimônia de transmissão do cargo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o secretário de Fazenda do Rio, Cesar Augusto Barbiero, e o chefe do Ministério Público do estado, Eduardo Lima Neto.
Levy tomou posse no cargo nesta segunda-feira (7), em Brasília, em uma solenidade única para empossar os novos presidentes dos três bancos públicos do país – na Caixa Econômica Federal foi empossado Pedro Guimarães, e no Banco do Brasil, Rubem Novaes.
Engenheiro Naval com doutorado em Economia pela Universidade de Chicago, foi ministro da Fazenda na gestão Dilma Rousseff, e secretário do Tesouro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Estava na diretoria do Banco Mundial antes de assumir o BNDES.
Transparência
Em seu discurso durante a solenidade, Levy ressaltou o objetivo de dar ainda mais transparência às operações do banco de fomento, promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que fala em “abrir a caixa preta” do BNDES.
“A transparência que hoje já é uma virtude bastante enraizada e que tem se desenvolvimento de uma maneira institucional, será cada vez mais importante. Uma transparência em relação ao futuro, em relação ao passado porque é isso que vai permitir construir um banco que contribua com um Brasil forte, limpo, justo e competitivo”, disse Levy.
Nova página
Oliveira, em seu discurso de despedida, afirmou que o banco de fomento inicia uma nova trajetória a partir de agora.
“Estamos virando uma página da nossa história e o BNDES faz parte disso. O BNDES foi alvo de grandes críticas no passado e estamos dando um ponto final nisso hoje”, disse.
Ele destacou que deixa a vida pública após 20 anos de trabalho dedicado ao setor público e que vê com otimismo o futuro do país.
“Tenho confiança plena de que o brasil terá um longo caminho de crescimento, fundamentado em uma política econômica estruturada. Estamos entregando o Brasil em condições de ter um futuro brilhante”, enfatizou.
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