O jovem Pedro Henrique dos Santos Krambeck, de 22 anos, picado por uma cobra naja no dia 7 de julho, traficava animais silvestres desde 2017, concluiu a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, detalhada publicamente nesta quinta-feira (13).
Após mais de um mês de investigações, o desfecho da apuração apontou que o acusado comprava as serpentes em outros estados e revendia. Para se ter ideia, filhotes das serpentes eram vendidos por preços próximos a R$ 500.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, ele será indiciado por tráfico de animais silvestres e por maus-tratos, pois foi encontrado um grande número de cobras relacionadas a ele. No total, foram resgatados 23 animais.
O inquérito foi concluído e será entregue à Justiça até o final de semana. Caso seja condenado, Pedro Henrique pode pegar até 30 anos de prisão pelos respectivos delitos.
“Não se trata de um colecionador, mas de um traficante. Ele trazia as cobras de outras viagens e há diálogos das redes sociais que mostram ele negociando o comércio desses animais. Uma dessas vendas, inclusive, foi feita no Gama, se tratava de um filhote de uma cobra Nigritus, que custou R$ 500”, detalhou o delegado Willian Andrade, em entrevista na manhã desta quinta-feira (13).
Além disso, o jovem responderá por associação criminosa e exercício ilegal da profissão, uma vez que vídeos comprovam que Pedro Henrique, que é estudante de medicina veterinária, realizou uma cirurgia em um estabelecimento comercial da família.
Pedro Henrique chegou a ser preso temporariamente no dia 29 julho por suspeita de integrar um esquema para a prática de crimes ambientais, como tráfico de animais. Ele foi liberado dois dias depois.
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