O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta quinta-feira, 23, que esteja confrontando a Constituição ou em “guerra” com o Senado Federal, sobre o impasse para tramitação das Medidas Provisórias (MPs). Em conversa com jornalistas, ele disse ser “inverídico” que estaria criando “a primeira crise institucional”, mas afirmou que lideranças da Casa esperavam “bom senso” dos senadores na resolução sobre o tema, o que não aconteceu. “Era de esperar o bom senso por parte do Senado de que o que estava funcionando bem permanecesse. Mas tivemos e temos a grandeza de entender que as duas Casas não podem se confrontar em uma discussão que interfira nos rumos do país”, ponderou o deputado, que disse ter recebido uma “solicitação expressa” do governo Lula para a manutenção do atual rito.
Lira também cobrou que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), liberasse a tramitação de medidas provisórias do governo anterior como um “gesto” de pacificação. “Ele está com 29 MPs na sua gaveta, são medidas importantes”, argumentou. Segundo o deputado, a expectativa é que a Câmara avalie na semana que vem 13 medidas provisórias apresentadas ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto os parlamentares negociam o texto para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode alterar a tramitação no Legislativo. “Porque vamos chegar em um imbróglio, não é na truculência ou força que vai resolver esse problema.”
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