Uma história trágica chocou a população de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Na última segunda-feira (14), uma menina de sete anos morreu após ser picada por um escorpião. Ao saber da morte da neta, horas depois, a avó da criança passou mal e também faleceu. As duas foram enterradas juntas na terça-feira (15), no cemitério de Franco da Rocha. As informações são do Portal UOL.
Mikaeli Letícia Siqueira Nunes tinha ido passar o Dia das Crianças na casa da avó, Zilda Marquesin de Siqueira, de 64 anos. A garota foi picada na residência da avó, levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Segundo o UOL, a Prefeitura de Franco da Rocha informou que a criança recebeu pronto atendimento, mas a unidade não possui soro antiveneno, necessário para o tratamento emergencial de uma pessoa que acaba de ser picada pelo animal.
Ainda conforme informações da prefeitura, o procedimento padrão é transferir as vítimas para a Santa Casa de Francisco Morato, instituição que é considerada referência na área infantil. Mikaeli foi levada para o Hospital Estadual Dr. Carlos da Silva Lacaz, que também não conta com o soro, mas possui uma Unidade de Tratamento Intensiva pediátrica.
Ao UOL, a Secretaria Estadual de Saúde disse não concordar com a medida adotada pela administração municipal. "O município direcionou a criança sem comunicação prévia a esta unidade. A Prefeitura de Franco da Rocha cometeu um erro que acabou prejudicando o tratamento da criança", avaliou o órgão.
Por sua vez, a prefeitura informou que "a equipe médica da UPA considerou que, em virtude do estado de gravidade da paciente, o encaminhamento ao Hospital Lacaz, que conta com UTI pediátrica, era mais recomendado e seria mais eficiente levar o soro até a paciente, e não o contrário".
A prefeitura ainda alega ter levado o soro ao hospital onde Mikaeli estava pouco mais de uma hora depois. Ele foi aplicado, mas a vítima não resistiu e morreu menos de nove horas depois. Já a avó deu entrada na UPA com uma parada cardíaca, foi socorrida imediatamente, mas não resistiu.
De acordo com o UOL, a Polícia Civil informou que deve investigar uma possível negligência médica no episódio envolvendo a criança. O caso foi registrado como morte suspeita na delegacia de Francisco Morato.
Em nota, a Prefeitura de Franco da Rocha informou que o protocolo é determinado pela Vigilância Epidemiológica estadual, em conjunto com os municípios atendidos. No caso de Franco da Rocha, a referência infantil é a Santa Casa de Francisco Morato".
De acordo com a própria prefeitura, nesse ano houve 25 casos de picadas de escorpião na cidade, mas essa foi a primeira morte registrada.
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