O Ministério da Saúde bloqueou a distribuição das mais de 12 milhões de doses da vacina CoronaVac envasadas na China em uma fábrica não certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida busca evitar que as vacinas sejam movimentadas até que haja definição da agência. Sem detalhar, a pasta da saúde também determinou que as pessoas imunizadas com os lotes embargados sejam monitoradas por 30 dias. Em reunião na segunda-feira (6), o Instituto Butantan apresentou à Anvisa um documento que conclui que não há risco nas unidades da CoronaVac interditadas na semana passada. No entanto, a entidade não entregou relatórios que comprovem as Boas Práticas de fabricação de unidades envolvidas, solicitados pela agência. Em nota, o Butantan explicou que, por questões internas da autoridade sanitária chinesa, o conteúdo não pôde ser disponibilizado diretamente ao Instituto.
A equipe teve acesso apenas aos dados das não conformidades observadas e ao plano de ação proposto para ajustar os problemas. Com isso, o Butantan sugeriu que a Anvisa faça uma inspeção remota às plantas. A agência, por outro lado, afirma que o método apresenta “limitações e dificuldades, como barreiras linguísticas e filmagem não adequada das áreas fabris”. O órgão iniciou, internamente, os processos para uma eventual inspeção presencial às unidades. Em nota, o Instituto ressaltou que a fábrica chinesa tem certificação que segue boas práticas internacionais e que todos os lotes da CoronaVac passaram por um rigoroso controle de qualidade no Brasil.
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