O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por suposto crime de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela compra de 36 caças suecos durante o governo de Dilma Roussef por 4,5 bilhões de dólares. O Ministério Público Federal (MPF) acusa Lula de ter participado da negociação para aquisição das aeronaves. A ação penal é a única que envolve o petista e ainda não foi impactada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu o ex-juiz da Lava Jato como incompetente no caso do triplex do Guarujá, em São Paulo.
No parecer, o procurador da República no Distrito Federal (DF) Frederico Paiva defendeu que ainda não há uma decisão definitiva do Supremo sobre a extensão da parcialidade de Moro. Ele sinalizou a manutenção da ação penal e o interrogatório dos acusados. Lula é réu no processo junto de um de seus filhos. O ex-presidente seria ouvido em maio pelo justiça sobre o caso, mas teve o depoimento adiado após a defesa pedir a suspensão dos procuradores Frederico Paiva e Hebert Mesquita, por suposto envolvimento com integrantes da Lava Jato. A alegação é de que a ação deve ser encerrada, por se apoiar em provas que já foram consideradas nulas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª região. Os advogados de Lula também argumentam que a ação dos caças suecos têm conexão com outro processo arquivado pela Vara Federal de São Paulo, na qual o ex-presidente era acusado por suposto tráfico de influência para favorecer a empreiteira OAS. Os outros processos envolvendo o petista foram suspensos ou encerrados após o entendimento do STF.
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