Acusada por vizinhos de não seguir as recomendações de distanciamento social, promovendo festas com som alto e recebendo reiteradas visitas no apartamento onde mora em Santos, no litoral de São Paulo, uma jovem de 25 anos xingou dois policiais militares e acabou sendo detida. Segundo apurado pelo G1 nesta terça-feira (7), os PMs precisaram usar spray de pimenta para controlar a mulher.
Segundo a polícia, a jovem, que é inquilina do imóvel, gritava na frente do prédio, situado na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão, quando os policiais chegaram. Ela discutia com dois moradores, sendo um deles o síndico do condomínio. Na tentativa de acalmar os ânimos, os policiais foram ofendidos pela jovem, que os chamou de “filhos da p...” e “policiais de m...”.
Ao receber voz de prisão, a suspeita chegou a lutar e ofereceu “certa resistência”, segundo os PMs. Eles também disseram que precisaram disparar spray de pimenta no rosto da jovem e fazer uso de “força física moderada” para algemá-la e conduzi-la à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde estava de plantão a delegada Lilian Rodrigues Abdalla.
A suspeita continuou alterada na CPJ, mas não quis dar a sua versão, manifestando o direito de permanecer em silêncio. A delegada elaborou termo circunstanciado (TC) de “desacato e perturbação do sossego alheio”. A moça foi liberada após se comprometer a comparecer ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando for intimada.
O G1 tentou entrar em contato com a defesa da jovem mas, até a publicação desta reportagem, não houve retorno.
Reincidência
O síndico e o outro morador com os quais a suspeita discutia também foram à CPJ. Segundo eles, a “bagunça” promovida pela inquilina começou no domingo (5), às 22h15, e se prolongava durante as madrugadas. A festa consistia em várias pessoas reunidas no apartamento dela ouvindo música alta. Porém, fatos semelhantes já ocorreram em outras datas.
A maioria dos condôminos tem a mesma queixa contra a jovem, conforme afirmaram o síndico e o outro morador. Os próprios policiais militares declararam na CPJ que compareceram em outras ocasiões ao mesmo edifício por causa de problemas de barulho e afluxo de pessoas no apartamento da suspeita.
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