O president Barack Obama partiu dos Estados Unidos neste domingo (20) para a história visita de três dias a Cuba, afirmou um fotógrafo da agência de notícias AFP que viaja junto com a delegação presidencial.
Obama deixou a Base Aérea de Andrews Air Force Base pouco depois das 14h30 de Brasília. A chegada ao aeroporto José Martí de Havana está prevista para pouco antes das 18h00.
A visita, a primeira de um presidente dos EUA em 88 anos, teria sido impensável até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castrox concordaram em dezembro de 2014 em acabar com um distanciamento que começou quando a revolução cubana derrubou um governo pró-norte-americano em 1959.
Em julho, EUA e Cubax retomaram suas relações diplomáticas e abriram embaixadas nos respectivos territórios depois de vários meses de negociações que puseram um ponto final a mais de meio século de ruptura. O anúncio de que os dois países retomariam suas relações foi feito em dezembro do ano passado. Apesar da reaproximação histórica, o embargo econômico imposto à ilha ainda vigora. Seu levantamento, defendido por Obama, depende da aprovação do Congresso dos EUA.
Neste domingo, Obama e sua família visitarão a parte velha da capital e devem ser recebidos na Catedral de Havana pelo cardeal Jaime Ortega, que apoiou, junto com o Papa Francisco, as conversas para o acordo de normalização da relação entre EUA e Cuba.
Obama se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro, na segunda-feira (21). Ele já adiantou que falará "diretamente" com seu colega sobre os "obstáculos" para o exercício dos direitos humanos na ilha.
Dissidentes são detidos
A poucas horas da chegada do presidente Barack Obama a Havana, dezenas de opositores e ativistas das Damas de Branco que protestavam contra o governo foram detidos e levados em veículos por agentes do Estado na capital cubana, constataram jornalistas da AFP.
Os manifestantes, que como em todos os domingos se concentraram perto de uma igreja para exigir respeito aos direitos humanos, foram encurralados por agentes oficiais e grupos a favor do governo ao término do protesto.
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