O padre Robson de Oliveira Pereira, investigado por suspeita de desviar R$ 120 milhões doados por fiéis, se pronunciou sobre a Operação Vendilhões, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que mira a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), liderada pelo religioso desde 2004.
Em vídeo publicado em sua rede social, o padre se defendeu das acusações e se dispôs a colaborar com as investigações. Ele também afirmou que pediu o afastamento do comando da Afipe e do Santuário Basílica de Trindade, do qual Robson era reitor.
“Sempre estive e continuo à disposição do Ministério Público. Por isso, esse meu pedido de afastamento vai me permitir colaborar com as apurações da melhor forma e com total transparência para que seja confirmado que toda doação que fazemos ao Pai Eterno - terços rezados, o dinheiro doado, tempo, carinho, trabalho empregado na evangelização - foi toda, repito, toda empregada na própria associação Afipe em favor da evangelização”, disse.
“Meu coração está sereno e confiante de que tudo será esclarecido o mais breve possível. Sabemos que a vida é feita não somente de alegrias, mas também de provações. Meu caminho nessa missão evangelizadora nunca foi fácil. Desde o início, como você bem sabe, já testemunhei várias vezes a você isso, sempre carreguei muitas cruzes”, prosseguiu.
De acordo com reportagem do portal G1, o MP apurou que as doações recebidas pela Afipe giram em torno de R$ 20 milhões por mês e chegam de todas as partes do país. O órgão investiga se esse valor ou parte dele tem sido usado de forma irregular, em benefício de determinadas pessoas ligadas à associação.
A associação mantém o canal de TV Pai Eterno e também transmite missas em uma emissora de rádio.
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