O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na sexta-feira (16), que nunca negociou a aquisição de vacinas com empresários durante o tempo em que assumiu a pasta no governo de Jair Bolsonaro. Em nota de esclarecimento enviada ao jornal Folha de S.Paulo – que publicou vídeo mostrando o então ministro no dia 11 de março ao lado de intermediários que ofereciam doses da vacina chinesa CoronaVac pelo triplo do preço ofertado pelo Instituto Butantan – o general afirmou que a reunião ocorreu após um pedido formal da empresa World Brands. “Ante a importância da temática, uma equipe do Ministério da Saúde os atendeu e este então ministro de Estado – que detém o papel institucional de representar o Ministério da Saúde – foi até a sala unicamente para cumprimentar os representantes da empresa após o término da reunião”, explicou.
O ex-ministro explicou, ainda, que o vídeo foi gravado após sugestão da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde para publicação no futuro. “Após a gravação, os empresários se despediram e, ato contínuo foi informado que a proposta era completamente inidônea e não fidedigna. Imediatamente, determinei que não fosse elaborado o citado Memorando de Entendimentos, assim como que não fosse divulgado o vídeo realizado”, afirma outro trecho do documento. Pazuello também diz que nenhuma carta de intenções ou memorando de entendimentos foram localizados no Ministério da Saúde e anexou à nota o e-mail enviado pela empresa a Brasília solicitando a reunião. Mesmo às vésperas do recesso parlamentar, o assunto repercutiu entre os senadores que encabeçam a CPI da Covid-19. O grupo majoritário da comissão disse que convocará o empresário que aparece no vídeo conversando com Pazuello.
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