A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou quatro representantes da Tecnoclean por falsificação na produção de petiscos que mataram 14 cães. Se comprovado o dolo dos indiciados eles podem pegar de dez a 15 anos de prisão. A empresa revendeu à Bassar Pet Food, fabricantes dos produtos para pets monoetilenoglicol e não propilenoglicol, que é usado na indústria alimentícia. A delegada do caso, Danúbia Quadros, disse que o crime é hediondo, uma vez que a empresa assumiu o risco das mortes quando trocou os rótulos do produto. “Durante as investigações foi evidenciada a incorreta identificação nos laudos pela falha no sistema de rastreabilidade pela empresa Tecnoclean. A empresa compra e apenas troca o rótulo para revender para a Bassar. Houve essa identificação dessa incorreta rotulagem dos barris, que foram acondicionados no mesmo local, de acordo com provas nos autos. E essa identificação correta dos laudos também foi identificado como sendo a empresa Tecnoclean tendo assumido o risco de produzir o resultado morte e toda a contaminação que ocorreu em todo o território nacional”, expicou a delegada. A presença do monoetilenoglicol nos petiscos foi detectada por meio de análise de necropsia.
Jéssica Pala, tutora da cadela Lorra, contou que seu pet morreu dois meses após ela ingerir o produto contaminado. “Eu quero que todos sejam punidos, porque o que aconteceu foi um crime, sim. Ela tinha apenas cinco anos, tinha muito ainda para viver com a gente. Nós compramos o produto Ondetal Care da Bassar no intuito de cuidar dela e confiamos no produto. E não esperávamos que isso fosse acontecer. A gente nunca espera que vá acontecer com a gente. Foi uma luta total de dois meses com ela para que ela melhorasse. Infelizmente, ela não resistiu. Nós tentamos de tudo e vamos continuar tentando e fazendo justiça por ela”, disse.
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