Enquanto o Congresso Nacional busca soluções para garantir recursos para o piso nacional da enfermagem, profissionais da categoria se uniram em manifestações nesta quarta-feira, 21. Em Brasília, cerca de 10 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem percorreram a Esplanada dos Ministérios. A diretora do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Distrito Federal, Isa Leal, declarou que o piso é uma luta antiga da categoria: “Nós estamos sem aumento há muitos anos. Agora na pandemia aflorou ainda mais a necessidade de valorização desses profissionais, que por muitas vezes deixaram seus familiares para cuidar de desconhecidos nos hospitais. É mais do que justo esse nosso pleito. O mínimo que a gente esperava era que realmente os ministros não embarreirassem com essa liminar suspendendo o nosso piso”. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei que instituiu o piso nacional da enfermagem. Mas no início de setembro o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão do dispositivo até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dosa atendimentos à Saúde e no orçamento de Estados e municípios.
O piso estabeleceu o pagamento de salário de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 reais para auxiliares e parteiras. O senador Marcelo Castro (MDB), relator do orçamento de 2023, afirmou em uma rede social que aceitou o convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para ser o relator do PLP 44/2022, Projeto de Lei Complementar que visa garantir os recursos necessários para implementação do piso. Segundo Castro, a votação da proposta no Senado Federal pode ocorrer já na próxima semana e depois segue para a Câmara dos Deputados.
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