Pré-candidata à presidência da República, Simone Tebet (MDB) usou suas redes sociais na noite da última sexta-feira, 24, para se posicionar sobre as graves denúncias de desvios dentro do Ministério da Educação. Através do Twitter, a senadora diz que, além deste suposto caso de corrupção na pasta, o governo federal cortou R$ 619 milhões de universidades e escolas, prejudicando os alunos que mais precisam. “Educação tem que ser prioridade nacional e não manchete policial. Além das denúncias graves de corrupção no MEC, o governo cortou 619 milhões de reais de recursos das universidades federais e colégios. Verba para pagamento de conta de luz, água e para ajuda de custo dos alunos mais pobres. Tudo ao contrário do que deveria ser”, comentou.
Ontem, Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça para que o inquérito que apura denúncias de corrupção no Ministério da Educação sob o comando de Milton Ribeiro seja enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF). A medida seria necessária devido a uma possível interferência política na investigação. De acordo com o órgão, em conversas telefônicas de Ribeiro, há indícios de que houve vazamento de informações sobre a operação e possível interferência ilícita do presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi aceito pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília, e a relatora do caso no STF será a ministra Cármen Lúcia.
Milton Ribeiro foi alvo da operação ‘Acesso Pago’ da Polícia Federal e foi detpreso na quarta, 22, embora tenha obtido um habeas corpus na quinta, 23. A operação foi parte de investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos do Ministério da Educação, no período entre julho de 2020 e março de 2022, quando Ribeiro comandou a pasta. Ele é investigado pela PF desde março por suposto esquema de favorecimento a pastores. Os religiosos Gilmar dos Santos e Arilton Moura são apontados como membros de um gabinete paralelo do MEC, sendo responsáveis por intermediar reuniões entre os prefeitos e o ministro Milton Ribeiro e facilitar os pedidos de mandatários de municípios em troca de propinas, que iam de ouro à compra de Bíblias. Os pastores também são alvo de investigação da Polícia Federal e estão entre os que foram presos preventivamente, mas liberados.
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