Já pensou em morar em uma cidade controlada por computadores? Com semáforos inteligentes e controles de iluminação de rua automatizados? O conceito de smart cities, ou cidades inteligentes, utiliza a tecnologia para melhorar a infraestrutura e o desenvolvimento urbano. Isso acontece por meio de soluções digitais, como a tecnologia da informação, internet das coisas (IoT), computação em nuvem e Big Data. Dentre as vantagens da smart city estão o bem-estar da população, o crescimento econômico, mais segurança e sustentabilidade.
Você consegue adivinhar quais cidades são consideradas as mais inteligentes? Confira abaixo, o ranking feito pelo IESE Cities in Motion Index com base em indicativos como capital humano, coesão social, economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia, mobilidade urbana e transporte:
Nova York, Estados Unidos
A cidade mais populosa dos Estados Unidos está no topo da lista. A posição se deu, principalmente, por conta do seu pioneirismo como o centro econômico mais importante do mundo. A cidade também foi avaliada como o melhor planejamento urbano e com as melhores soluções tecnológicas do país.
Londres, Reino Unido
A capital da Inglaterra e do Reino Unido ocupou a segunda colocação pelo capital humano, graças ao alto número de escolas de negócios e universidades de qualidade, focadas em inovação e desenvolvimento.
Paris, França
Paris, com seus trens de alta velocidade, sistemas de metrô e de compartilhamento de bicicletas foi destaque em divulgação internacional e em mobilidade e transporte.
As demais cidades que ficaram entre os top 10 foram: 4º lugar, Tóquio (Japão), 5º Reiquiavique (Islândia), 6º Singapura (República de Singapura), 7º Cidade Especial de Seul (Coreia do Sul), 8º Toronto (Canadá), 9º Hong Kong (China) e, na 9ª posição, a cidade de Amsterdã (Holanda).
Mas, e no Brasil? O ranking do IESE Cities in Motion Index apontou São Paulo (SP) como a cidade mais inteligente e conectada do País, seguida por Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Brasília (DF), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). O Plano Nacional de Internet das Coisas, que estabelece políticas públicas no Brasil para IoT até 2022, incluindo iniciativas para o avanço de smart cities, segue em processo de aprovação pelo governo federal.
O interesse dos governos e da população por cidades inteligentes vem crescendo em virtude dos benefícios de uma urbanização projetada com bases tecnológicas para habitação, mobilidade e transporte, energia, entre outros setores. Um dos principais pontos que chamam a atenção nas smart cities é a segurança.
Segurança pública e cidades inteligentes
A tecnologia aliada às smart cities pode também contribuir para locais mais seguros, graças aos sistemas de vigilância, softwares de reconhecimento facial, alarmes de detecção de acesso indevido ou de comportamento suspeito e na identificação de placas para o reconhecimento de carros roubados.
Por meio de sistemas de monitoramento e vigilância, por exemplo, é possível melhorar e eficiência do trabalho da polícia no combate e na prevenção a crimes. Como na Receita Federal brasileira, que usa um software de reconhecimento biométrico facial automático em aeroportos para verificar, por meio de fotos e vídeos, potenciais suspeitos que já tenham cometido alguma contravenção.
Esses sistemas de vigilância, que contam com tecnologia de reconhecimento facial, também podem ser muito úteis na prevenção de crimes e outras formas de violência em grandes eventos culturais, esportivos ou shows. Na cidade de Medellín, na Colômbia, foram instaladas câmeras no Estádio Atanasio Girardot e ao redor da vizinhança com o objetivo de aumentar a segurança em dias de jogos clássicos que tinham alta incidência de problemas entre torcedores.
Para isso, há um sistema com o registro de imagens de pessoas que já causaram algum conflito anteriormente, ou que estejam sendo procuradas pela justiça. Deste modo, funcionários responsáveis são notificados da presença destas pessoas e poderão impedir suas entradas no Estádio.
Esses sistemas, portanto, são capazes de armazenar dados, analisar imagens e fazer a associação dessas imagens capturadas com situações específicas. Além de localizar veículos roubados e pessoas que estejam sendo procuradas pela polícia, é possível localizar quem esteja desaparecido. Ainda é possível fazer monitoramento meteorológico, do trânsito, preservar o patrimônio público e detectar incidentes em ambientes urbanos.
Para que as cidades inteligentes sejam criadas, é necessário investir e incluir no planejamento urbano, uma infraestrutura de conectividade que permita a implementação de soluções tecnológicas. No caso de cidades que já existem, deve partir dos governos e de corporações, identificarem e investirem em tecnologias que promovam os avanços necessários à população e às cidades.
Embora ainda seja uma realidade um tanto distante, o Brasil vem caminhando para um aumento dos investimentos em infraestrutura, que deverá melhorar a qualidade da conectividade, e tornará cidades inteligentes uma realidade mais comum no país. O conceito de smart city é uma tendência mundial, já que as cidades se tornarão mais populosas nos próximos anos e precisarão resolver problemas como abastecimento de água e energia, poluição e infraestrutura básica.
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