O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta sexta-feira (8) que vai ao Rio Grande do Sul neste domingo (10), para acompanhar a situação no estado após a passagem de um ciclone extratropical.
Até esta quinta (7), 41 mortes já tinham sido confirmadas como consequência do fenômeno natural. A decisão do presidente em exercício foi tomada após reunião com ministros nesta manhã.
Alckmin está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Índia para participar da cúpula do G20.
Além de Alckmin, participaram da reunião desta sexta as seguintes autoridades:
José Múcio, Ministro de Estado da Defesa
Nísia Trindade, Ministra de Estado da Saúde
Waldez Góes, Ministro de Estado da Integração e Desenvolvimento Regional
Wellington Dias, Ministro de Estado do Desenvolvimento Social
Paulo Pimenta, Ministro de Estado da Secretária de Comunicação da Presidência da República
Hildo Rocha, Secretário-Executivo do Ministério das Cidades
Julia Rodrigues, Secretária Especial Adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil/PR
Aguiar Freire, Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa
Pedro Lopes, Chefe de Gabinete do Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República
Uma comitiva de ministros já esteve nesta semana no Rio Grande do Sul. O presidente Lula, no entanto, não visitou o estado, que sofre com as consequências de uma das maiores tragédias já registradas.
Antes de embarcar para Índia, Lula concentrou sua agenda na negociação para finalizar uma minirreforma ministerial e participou do desfile de 7 de Setembro, em Brasília.
Até as 12h desta sexta, diferentes órgãos federais já tinham anunciado medidas de auxílio aos atingidos pelo ciclone no RS:
o INSS antecipou R$ 1,2 bilhão em pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais a 700 mil atingidos;
a Caixa Econômica Federal informou que vai liberar o saque do FGTS e suspender, por até 90 dias, os contratos de financiamento habitacional nas cidades afetadas (o contratante precisa solicitar em uma agência);
a Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu estado de calamidade em 79 cidades, permitindo que as prefeituras solicitem recursos para assistência e reconstrução.
Danos causados pelo ciclone
As mortes registradas no Rio Grande do Sul já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram, em junho. Na noite de terça (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que se trata da pior tragédia natural que já atingiu o estado.
Além dos 41 mortos, 25 pessoas continuavam desaparecidas até quinta-feira, nas seguintes cidades:
Arroio do Meio: 8
Lajeado: 8
Muçum: 9
O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira (4). Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.
Na quinta-feira, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública dos municípios atingidos pelos efeitos da passagem do fenômeno. A portaria foi assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, e já está em vigor.
Com a medida, 79 municípios ficaram aptos a solicitar recursos para assistência à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura e moradias atingidas pelo desastre.
Veja números do boletim sobre os danos causados, divulgado no início da noite de quinta (7):
Feridos: 43
Pessoas resgatadas: 3.037
Municípios afetados: 83
Desabrigados: 2.944
Desalojados: 7.607
Afetados: 122.992
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