As uniões estáveis cresceram 14% no Brasil, de janeiro a agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A busca pela formalização está ligada à garantia de benefícios e direitos em um ambiente de pandemia e milhares de famílias afetadas pela Covid-19. O diretor do Colégio Notarial do Brasil, Andrey Guimarães Duarte, lembra que a união estável é um dos principais instrumentos de comprovação ao direito à pensão do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “Planos de saúde exigem a prova da união estável por escritura pública para você poder indicar a pessoa como sua dependente. O INSS exige também para que a pessoa possa receber aposentadoria ou outros proventos, também pensionistas, situações às vezes relacionadas com a morte”, explica Duarte.
Se as uniões estáveis crescem no Brasil, paralelamente os divórcios também avançam. O país registrou um novo recorde no primeiro semestre de 2021. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil, de janeiro a junho de 2021, foram 37 mil divórcios, um aumento de 24% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Um mercado em ascensão, que levou os empresários Calila Matos e Luís Carlos Tardelli a focarem o atendimento a esse público em uma plataforma digital, o “Idivorciei”, que reúne 50 especialistas voltados para saúde emocional, assessoria financeira, soluções jurídicas, bem-estar, carreira profissional e lazer.
“Nós estamos falando da maior geração de filhos de divorciados da história. Se não cuidarmos disso, teremos uma geração extremamente traumatizada por conta do término do casamento dos pais. Então, o nosso objetivo é cuidar dessas pessoas com esses profissionais. A gente consegue fazer um ciclo de oportunidades para acolher essas pessoas, esse é o nosso objetivo”, afirma. Segundo o IBGE, os divórcios cresceram 75% nos últimos cinco anos no Brasil. Em 2020, ano de início da pandemia, no mês de julho, foram 7.400 divórcios, um salto de 260% em relação à média de meses anteriores.
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