O manuseio inadequado do produto líquido inflamável usado na impermeabilização do sofá do apartamento, em Curitiba, foi a principal hipótese para a explosão, segundo o laudo do Instituto de Criminalística do Paraná, que foi concluído nesta terça-feira (6).
O incidente ocorreu no dia 29 de junho deste ano, no bairro Água Verde. O apartamento ficou totalmente destruído.
"Este fato provocou a explosão e o incêndio no apartamento 64, causando o óbito de Mateus Henrique Lamb, o qual foi arremessado do 6º andar pela onda de choque da explosão, e ferimentos nos proprietários Raquel Cristine Lamb e Gabriel Araújo de Barcelos, bem como no funcionário da empresa Impeseg Caio Henrique dos Santos", diz trecho do laudo assinado pela perita Angela Andreassa.
Caio e Gabriel já receberam alta do hospital. Raquel continua internada no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie.
Desde de quando ocorreu o incidente, a suspeita dos bombeiros já era a de é que os produtos inflamáveis usados na impermeabilização do sofá tinham causado a explosão.
Na conclusão do laudo, a perita Angela Andreassa disse ainda que além das vítimas, a propagação das ondas de choque da explosão causou danos ao imóvel e aos apartamentos vizinhos, aos veículos que estavam na garagem do edifício, além das áreas comuns do prédio e das edificações vizinhas.
Um laudo analisado pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) da Prefeitura de Curitiba, concluiu que não houve dano estrutural no prédio do apartamento.
Atualmente, apenas o sexto andar do prédio continua interditado. Os outros moradores já retornaram aos apartamentos.
Proibição
Em 5 de julho, a Prefeitura de Curitiba assinou um decreto que regulamenta a atividade de empresas que prestam serviços de impermeabilização de móveis.
O decreto 806/2019 proíbe a realização de serviços de impermeabilização com produtos químicos inflamáveis, combustíveis e controlados em lugares fechados.
Ao assinar o decreto, o prefeito Rafael Greca (PMN) afirmou dedicar a decisão à memória das vítimas.
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