O Brasil está monitorando o avanço da varíola dos macacos e articula com a Organização Mundial de Saúde (OMS) possível aquisição de vacinas, informou o Ministério da Saúde neste sábado (23).
Mais cedo, a OMS declarou a doença como emergência de saúde global.
Em nota, o governo informou ainda que os testes para diagnóstico estão disponíveis para toda a população que se enquadre na definição de casos suspeitos para varíola dos macacos. Atualmente, os testes estão sendo realizados em quatro laboratórios de referência no país.
"Além disso, o Brasil capacitou países das Américas para a realização de diagnóstico laboratorial", acrescentou o Ministério.
Ainda segundo o governo, desde o dia 11 de julho, o órgão de saúde faz o monitoramento de casos, a análise do perfil epidemiológico das notificações, a orientação das ações de vigilância e a divulgação diária da situação dos casos no país.
"Antes mesmo da ocorrência de casos suspeitos ou confirmados da varíola dos macacos no país, o ministério instalou uma Sala de Situação para elaborar um plano de ação com o objetivo de estabelecer estados e municípios sobre a melhor forma de atender a população", destacou o Ministério.
Casos de varíola dos macacos
Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, com cinco mortes, informou neste sábado (23) diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou, até o último dia 21, 592 casos confirmados da doença. O país está no ranking dos 10 países com maior número de casos.
A decisão deste sábado pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta.
Segundo o diretor-geral da OMS, somente metade dos países com casos registrados de varíola dos macacos tem acesso garantido às vacinas.
Já o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, diz que ser vacinado não dá proteção instantânea contra a doença.
Nos últimos anos, a taxa de letalidade da doença foi de 3% a 6% dos casos, segundo a OMS.
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