O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse que vê “com muita alegria” o anúncio de que o jornalista e apresentador José Luiz Datena vai se filiar ao partido. O âncora da TV Bandeirantes se filiou ao PSL em julho e era cotado como candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro. Kassab, porém, garante que o novo filiado vai disputar uma cadeira no Senado pelo Estado de São Paulo. “Será candidato ao Senado porque já temos um candidato ao Planalto, que é o Rodrigo Pacheco“, explica. O presidente do Senado se filiou à legenda na quarta-feira, 27, e foi apresentado como pré-candidato à Presidência da República.
“Vejo com muita alegria a filiação de Datena, um quadro muito qualificado, um comunicador que todos reconhecem como um dos principais do Brasil. É muito presente na comunicação. Ele tem revelado muita vontade de contribuir com a vida pública. O Datena, presente no Senado, será uma voz muito qualificada, muito experiente, conhecedora de problemas nacionais. São Paulo ganha com um bom representante”, disse Kassab à reportagem. O âncora já ensaiou uma candidatura em outras oportunidades, mas sempre recuou. Desta vez, no entanto, ele afirma que a decisão está tomada.
“Eu vou deixar o PSL e vou para o PSD, que é o partido do Kassab. Isso está definido. O interesse que tenho de entrar para a vida pública é o de trabalhar para o povo. Quando percebo que tem gente que tem mais interesse em barganhar do que trabalhar para o povo, eu mudo de lugar. Dessa vez, confirmo que vou ser candidato mesmo. A quê? A que o partido definir. Por enquanto, o candidato do partido [à Presidência] é o Rodrigo Pacheco. Se quiserem que eu ajude o Rodrigo Pacheco, posso ajudar”, disse na tarde desta terça-feira,( 2), durante o programa “Melhor da Tarde”, da TV Bandeirantes.
O PSD busca, agora, atrair Geraldo Alckimin, ex-governador de São Paulo, para os quadros do partido. O tucano está de saída do PSDB, legenda que ajudou a fundar. Líder na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, segundo pesquisa Datafolha divulgada em setembro, Alckmin também tem sido cortejado pelo União Brasil, que será criado com a fusão entre PSL e DEM. Se o movimento se concretizar, o partido de Kassab constrói um palanque robusto no Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país. “O PSD está procurando pessoas que possam contribuir com experiência e com vontade. O Geraldo Alckmin é um exemplo inquestionável disso. Ele tem projetos para o Estado, tem experiência. O Datena, no Senado, ninguém tem dúvida do quanto ele pode ajudar. O Pacheco já se filiou, foi lançado [como candidato à Presidência] e qualifica o debate com sua presença e com sua visão de Brasil”, avaliou.
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